O exercício cotidiano do qualquer-notismo atinge seu apogeu esplendoroso na arte, onde se torna objeto sacro de contemplação. Questionar significaria nos despirmos das ilusões com as quais relativizamos tudo e afastamos de nós o absurdo da realidade, então tal fato é evitado. A tradição é abertamente desprezada como obsoleta. E a arte sucumbe numa medíocre imitação da realidade.
terça-feira, 9 de junho de 2009
domingo, 7 de junho de 2009
sexta-feira, 5 de junho de 2009
terça-feira, 2 de junho de 2009
O peso de continuar carregando os pedaços.
Ouve-se os gemidos do exército de zumbis esquartejados, façamos algo.
O rio que passa.
Calam-se.
Todavia não, não façamos nada, absolutamente nada mais que apenas deixar-se existir inteiro. E passar.
Reconheçamos a existência, a força implacável e a sabedoria contida nas tripas para que elas não nos dominem silenciosamente.
Sejamos leito desapegado para que o movimento do feixe de impressões sensorrágicas vomitado em chafariz de pensamentos não obstrua nossa presença.
Demonstremos para o ego que ele nos guia para que nós o tiremos do caminho.
Quero morrer na lutando guerra e não apunhalada pela minha própria sombra em sono profundo.
segunda-feira, 1 de junho de 2009
Hoje sinto-me um cadáver, não obstante insisto que só morro quando permito-me morrer.
Minha vontade é de uma morte onde o meu líquido viscoso penetre as rachaduras da terra e escorra num requebrar denso e grave atraído inevitavelmente para ser deglutido pela escaldante lucidez do centro placentário desta esfera pulsante eternamente indomável.
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