terça-feira, 26 de maio de 2009

O silêncio não existe.

É possível que, não obstante raramente, um determinado sujeito seja acomentido pela sensação da quase ausência de sons sendo produzidos nas imediações os quais estejam dentro do espectro de frequências e decibéis audíveis por um ouvido humano.


Enquanto o "eu", sujeito-ente, existe, o silencio não existe.

Um coração bate, 

uma proteína é sintetizada,

um pseudópodo se move,

um vírus se reproduz,

...


Enquanto existe movimento existe som. 


O movimento que empurra o ser humano para o segundo seguinte e abriga o embrião do sofrimento no agora sempre mutável.

Meu canto é sofrer.


E quando nada mais existir ainda ecoará por aqui a silenciosa música das esferas.