É possível que, não obstante raramente, um determinado sujeito seja acomentido pela sensação da quase ausência de sons sendo produzidos nas imediações os quais estejam dentro do espectro de frequências e decibéis audíveis por um ouvido humano.
Enquanto o "eu", sujeito-ente, existe, o silencio não existe.
Um coração bate,
uma proteína é sintetizada,
um pseudópodo se move,
um vírus se reproduz,
...
Enquanto existe movimento existe som.
O movimento que empurra o ser humano para o segundo seguinte e abriga o embrião do sofrimento no agora sempre mutável.
Meu canto é sofrer.
E quando nada mais existir ainda ecoará por aqui a silenciosa música das esferas.